O vilarejo de Miritituba, cravado na margem direita do Tapajós, fica a
300 km de distância ao sul de Santarém. Para o produtor, isso significa
300 km a menos de estrada para percorrer até chegar ao destino final da
BR-163.
A conclusão das obras da BR-163, meta que desta vez é prometida pelo
governo para o fim deste ano, terá um impacto direto na atividade dos
principais portos da região Norte do país.
Os cálculos preliminares estimam uma movimentação de
até 20 milhões de toneladas de grãos saídos de Lucas do Rio Verde,
Sorriso e Sinop. Essa nova rota também vai mexer com portos como
Santana, no Amapá, e os terminais de Vila do Conde, localizado no
município de Barcarena (PA).
Quase uma dúzia de
empresas especializadas em transporte de cargas já tratou de comprar
seus terrenos em Miritituba. Nessa lista estão companhias gigantescas,
como as tradings americanas Bunge e Cargill, que tocam o processo de
licenciamento ambiental de seus projetos e querem iniciar a construção
de seus terminais ainda neste ano. Operadoras logísticas como Hidrovias
do Brasil, Cianport, Unirios e Terfron também já demarcaram seus
territórios na vila.
Figura da região com base no Google Maps (2013).
Santarém, que está localizada
estrategicamente no ponto final da rodovia, no encontro dos rios
Tapajós e Amazonas, passará a ter papel crucial para embarcar a produção
que subirá do norte do Mato Grosso, desafogando as estruturas saturadas
do Sul e Sudeste.
Mudanças mais radicais, no entanto, estão reservadas para o pacato vilarejo de Miritituba, pequeno distrito que pertence ao município de Itaituba, polo de comércio de ouro no interior do Pará. Por enquanto, o que existe na orla de Miritituba são redes de pescadores à espera dos tucunarés. Nas poucas ruas da vila, porém, a movimentação é intensa. Um novo porto começa a brotar na Amazônia.
Mudanças mais radicais, no entanto, estão reservadas para o pacato vilarejo de Miritituba, pequeno distrito que pertence ao município de Itaituba, polo de comércio de ouro no interior do Pará. Por enquanto, o que existe na orla de Miritituba são redes de pescadores à espera dos tucunarés. Nas poucas ruas da vila, porém, a movimentação é intensa. Um novo porto começa a brotar na Amazônia.
É fato que grandes cargueiros não conseguirão subir até
Miritituba, por causa da pouca profundidade do Tapajós nesse trecho do
rio, mas as barcaças (chatas) conseguem carregar boa parte da produção,
que passará então a descer até Santarém pela hidrovia do Tapajós. Cada
comboio de barcaças pode transportar até 30 mil toneladas de grãos. Isso
equivale a mais de 800 caminhões de grãos.
Trata-se de mais uma rota
fundamental que se abre para o escoamento.
Fonte: http://www.portosenavios.com.br/site/noticias-do-dia/industria-naval-e-offshore/21322-gigantes-da-logistica-descobrem-miritituba em 28/03/2013.
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