Na região onde as vias fluviais transportam mais de um milhão de pessoas
e 670 mil toneladas de cargas por mês, a preservação da bacia
hidrográfica ultrapassa as questões ambientais.
Com o investimento dos governos federal e estadual em infraestrutura no
Amazonas, o fluxo de pessoas e cargas nas hidrovias vai subir. Hoje,
existem projetos de hidrovia e 17 portos em construção no interior do
Estado. As obras devem ser inauguradas entre o fim deste ano e o
primeiro semestre de 2014, segundo o Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Com a construção de
novos portos e hidrovias no Amazonas, o cuidado com o uso da água ganha
ainda mais destaque, atingindo o contexto econômico e social. Segundo dados no Ministério dos Transportes 14,2 milhões de passageiros
navegam pelas hidrovias amazônicas anualmente. O Porto de Manaus e Porto da Manaus Moderna,
no Centro, concentram embarques e desembarques para quase 100 destinos,
de domingo a domingo.
A Agência Nacional de
Transportes Aquaviários (Antaq) identificou 222 linhas exploradas
regularmente por 420 embarcações nos Estados do Pará, Amapá, Rondônia e
Amazonas.
O diretor-geral do Dnit, general Jorge Fraxe, informou que a hidrovia
do Rio Madeira deve começar a funcionar ainda este ano. A obra já
recebeu licença ambiental do Instituto Brasileiro de Recursos Naturais
Renováveis (Ibama), e agora o órgão prepara licitação para escolha da
construtora. “Temos um plano de dragagem e contenção de margem. Faremos
um trabalho de engenharia no rio para tornar possível a navegação no
Madeira o ano inteiro, dando sustentação a atividade econômica da
região”, disse o general.
Para o general, a hidrovia no Rio
Madeira será um exemplo de investimento em infraestrutura sem atentar
contra a vida aquática. Fraxe afirmou que o custo da obra ainda não está
totalmente orçado, porque é resultante da análise das condicionantes
ambientais.
Diante da perspectiva de
desenvolvimento e expansão, o ambientalista Diego Brandão analisa que
para o crescimento sustentável é fundamental que o poder público trace
ações além das obras de engenharia nas margens dos rios. Ele avalia que
é importante estruturar as cidades para não influenciar negativamente a
qualidade de vida dos seus habitantes, flora e fauna com o consequente
crescimento populacional e econômico que se anuncia.
Brandão
observa a necessidade de conscientização da população que utiliza o
transporte fluvial. O ambientalista reafirma a importância dos programas
de educação ambiental dentro das embarcações e nos portos. “Esta é uma
alternativa para criar junto aos passageiros uma nova relação com o
rio, mais harmônica e consciente”, disse.
Fonte: http://www.portosenavios.com.br/site/noticias-do-dia/portos-e-logistica/21054--novos-portos-e-hidrovias-ampliam-desafio-de-preservar-a-bacia-amazonica acessado em 04 de março de 2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Escreva aqui seu comentário.