segunda-feira, 4 de março de 2013

Construção de Hidrovias aumenta preservação da bacia hidrográfica do Rio Amazonas

Na região onde as vias fluviais transportam mais de um milhão de pessoas e 670 mil toneladas de cargas por mês, a preservação da bacia hidrográfica ultrapassa as questões ambientais.
Com o investimento dos governos federal e estadual em infraestrutura no Amazonas, o fluxo de pessoas e cargas nas hidrovias vai subir. Hoje, existem projetos de hidrovia e 17 portos em construção no interior do Estado. As obras devem ser inauguradas entre o fim deste ano e o primeiro semestre de 2014, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Com a construção de novos portos e hidrovias no Amazonas, o cuidado com o uso da água ganha ainda mais destaque, atingindo o contexto econômico e social. Segundo dados no Ministério dos Transportes 14,2 milhões de passageiros navegam pelas hidrovias amazônicas anualmente. O Porto de Manaus e Porto da Manaus Moderna, no Centro, concentram embarques e desembarques para quase 100 destinos, de domingo a domingo.
A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) identificou 222 linhas exploradas regularmente por 420 embarcações nos Estados do Pará, Amapá, Rondônia e Amazonas.
O diretor-geral do Dnit, general Jorge Fraxe, informou que  a hidrovia do Rio Madeira deve começar a funcionar ainda este ano. A obra já recebeu licença ambiental do Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e agora o órgão prepara licitação para escolha da construtora. “Temos um plano de dragagem e  contenção de margem. Faremos um trabalho de engenharia no rio para tornar possível a navegação no Madeira  o ano inteiro, dando sustentação a atividade econômica da região”, disse o general.
Para o general, a hidrovia no Rio Madeira será um exemplo de investimento em infraestrutura sem atentar contra a vida aquática. Fraxe afirmou que o custo da obra ainda não está totalmente orçado, porque é resultante da análise das condicionantes ambientais.
Diante da perspectiva de desenvolvimento e expansão, o ambientalista Diego Brandão analisa que para o crescimento sustentável é fundamental que o poder público trace ações além das obras de engenharia nas margens dos rios. Ele avalia que é  importante estruturar as cidades para não influenciar negativamente a qualidade de vida dos seus habitantes, flora e fauna com o consequente crescimento populacional e econômico que se anuncia.
Brandão observa a necessidade de conscientização da população que utiliza o transporte fluvial. O ambientalista reafirma a importância dos programas de educação ambiental  dentro das embarcações e nos portos. “Esta é uma alternativa para criar junto  aos  passageiros  uma nova relação com o rio, mais harmônica e consciente”, disse.
Fonte: http://www.portosenavios.com.br/site/noticias-do-dia/portos-e-logistica/21054--novos-portos-e-hidrovias-ampliam-desafio-de-preservar-a-bacia-amazonica acessado em 04 de março de 2013.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Escreva aqui seu comentário.

Posse de Antonio Jorge de Lima Gomes na cadeira 8 do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais

Ocorreu no dia 23 de Março de 2024, na sede do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais (IHGMG) em Belo Horizonte, a posse de Antoni...