quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Mensalão mineiro quase em prescrição continua nas gavetas do STF

O mensalão mineiro foi um esquema muito bem arquitetado de desvios de recursos públicos, conduzido supostamente pelo publicitário Marcos Valério no Estado de Minas Gerais.
As denúncias sobre o mensalão mineiro narram fatos ocorridos na eleição ao governo de Minas Gerais em 1998, cinco anos antes da revelação do escândalo do mensalão do PT.
O mensalão mineiro ocorreu durante as eleições de 1998, e possivelmente teria sido articulado por Clésio Andrade.
De acordo com a PGR Azeredo foi o principal beneficiado por ser, na época, o candidato ao governo do Estado de Minas Gerais.

Foto de Azeredo (Fonte: ig.com.br em 29/01/2014).

O deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB) e o senador Clésio Andrade (PMDB), réus do chamado mensalão mineiro no Supremo Tribunal Federal (STF), vão tentar se livrar das acusações pelos crimes de peculato (desvio de recursos cometidos por agentes públicos) e lavagem de dinheiro alegando que há erros na denúncia do Procuradoria-Geral da República (PGR) e que alguns documentos incluídos nos autos são falsos.
Mas o julgamento, caso não ocorram novos atrasos, deve acontecer apenas no primeiro semestre deste ano, dois anos após o julgamento do mensalão petista.

Fica uma pergunta muito grave?

Se o mensalão mineiro foi pelo menos cinco anos antes do PT quais as razões de não ser julgado primeiro? Porque o STF está protegendo o pessoal do PSDB e do PMDB, e apenas acusando os do PT?

Onde está a justiça e a seriedade do STF?
Será que é de fato um Tribunal que pratica de fato a Justiça?

A sociedade que me responda.

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2014-01-29/reu-do-mensalao-mineiro-azeredo-alegara-falsidade-de-documentos-em-sua-defesa.html em 29/01/2014

domingo, 19 de janeiro de 2014

Os crimes cometidos pela ditadura militar brasileira de 1964 a 1985

No dia 31 de Março de 2014 estarão se completando 50 anos da ditadura militar brasileira, instaurada em 31/03/1964 e que até hoje tem suas marcas históricas, políticas, econômicas e sociais.
Segundo o Jornalista Luiz Cláudio Cunha em seu artigo, contabilizando o balanço de 21 anos de uma ditatura que atuou “sem o povo, apesar do povo, contra o povo”, os crimes cometidos foram os seguintes:
- 500 mil cidadãos investigados pelos órgãos de segurança;
- 200 mil detidos por suspeita de subversão;
- 11 mil acusados nos inquéritos das Auditorias Militares, cinco mil deles condenados;
- Dez mil torturados nos porões do DOI-Codi;
- Dez mil brasileiros exilados;
- 4.862 mandatos cassados, com suspensão de direitos políticos, de presidentes a vereadores;
- 1.202 sindicatos sob intervenção;
- Três ministros do Supremo afastados;
- Congresso Nacional fechado três vezes;
- Censura prévia;
- 400 mortos pela repressão, 144 dos quais desaparecidos até hoje.


O artigo apresenta 20 páginas que, na íntegra, somam mais de 12 mil palavras. Nelas, Cunha cobra dos militares o mesmo gesto feito pelo jornal O Globo em setembro do ano passado – a histórica admissão do erro do veículo-âncora das Organizações Globo para o apoio dado ao golpe militar de 1964 e aos 21 anos subsequentes que fizeram o País imergir no mais longo período autoritário de sua história. Abaixo uma das fotos mais publicadas sobre as ações atuantes da ditadura militar. 
Protesto contra a ditadura no Rio em 1964 (fotografia de Evandro Teixeira).
O momento é propício para cobranças e gestos do gênero. Afinal, 2014 não será apenas o ano da Copa do Mundo no Brasil: em 31 de março (ou 1° de abril, dependendo do intérprete daqueles dias confusos), completam-se 50 anos do golpe; abril também marcará os 30 anos da importantíssima e derrotada campanha das Diretas Já; e, em novembro, se chegará aos 25 anos da primeira eleição direta para a Presidência da República depois das décadas de ditadura.
O jornal O Globo – lembra Cunha – fez dura oposição ao governo de João Goulart e “já em 1965, no ano seguinte à sua deposição, inaugurou a rede de televisão que se forjou e se consolidou à sombra do regime militar que a Rede Globo apoiou com o fervor de fã de auditório”. (Ele não cita, mas convém lembrar que a esmagadora maioria dos grandes jornais, incluindo aqueles que mais tarde seriam vistos como opositores do regime, Estadão Jornal do Brasil, fez o mesmo em 1964: apoiou a derruba de Jango.)
Em setembro de 2013, O Globo publicou duas páginas e um editorial em que reconheceu, com solenidade e sem disfarces, o equívoco do apoio ao golpe militar e à ditadura subsequente. Não foi a única confissão. O jornal também admitiu que a tíbia cobertura da campanha das Diretas Já resultou de um erro de avaliação político-jornalístico.
Fonte: http://pensata.ig.com.br/index.php/2014/01/19/por-que-os-militares-nao-admitem-os-crimes-cometidos-pela-ditadura/ acessado em 19/01/2014.


sábado, 18 de janeiro de 2014

Helicóptero do Pó: A história completa

Foi publicado neste sábado, dia 18/01/2014, no site do Jornal GGN, a história do Helicóptero do Pó e não poderia deixar de publicar. Vejam:
Transcrevo abaixo um post que traz uma descrição detalhada da investigação e operação que apreendeu o famigerado “helicóptero do pó”. O responsável pela operação, o agente federal Rafael Rodrigo Pacheco Salaroli — o Pacheco -, dá entrevista ao site Vice.com.
Pacheco age como um policial prudente e responsável, que se recusa a fazer qualquer acusação sem prova. Mas ele observa que há várias perguntas sem resposta. A fazenda onde o helicóptero pousou, no Espírito Santo, fora comprada há pouco por um laranja. É preciso saber pra quem o laranja trabalha. Pacheco observa ainda que a operação era um tanto tosca e amadora, apesar da quantidade incrível de dinheiro e droga envolvidos. A explicação, segundo ele, é que esse tipo de operação costuma acontecer de maneira “fragmentada”, com núcleos independentes que não se conhecem entre si. Daí acontece de se trabalhar com grupos amadores.
Dica da @AgenciaPF_ e do Facebook do Agente Federal Neves.
POLICIAL CONTA COMO APREENDEU O HELICÓPTERO DO PÓ

By Roger Franchini; Ilustração por Daniel W., no site Vice.com

Ao longo de um mês, conversei com o agente federal Rafael Rodrigo Pacheco Salaroli — o Pacheco — sobre uma de suas rotineiras apreensões de cocaína no meio do mato.
Com 38 anos, lotado na Delegacia de Repressão à Entorpecentes de Vitória/ES, Pacheco é formado em Ciências Sociais, com mestrado em Inteligência Policial e Políticas Públicas. Trabalha como policial há 21 anos — sendo nove desses na Polícia Federal — e foi um dos responsáveis pela operação polêmica que apreendeu quase meia tonelada de pó no helicóptero do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD-MG), filho do senador Zezé Perrella (PDT-MG), ambos aliados do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), em novembro do ano passado.
O objetivo da entrevista era reconstruir toda a investigação que culminou no flagrante, mas acabei por ter uma aula sobre como encontrar grandes quantidades de entorpecentes e aprender muita coisa sobre a hipócrita relação entre o imediatismo irresponsável da imprensa e os órgãos policiais. Um bate-papo na copa da delegacia.

Cocaína apreendida. Todas as fotos são cortesia do entrevistado.

VICE: Como as investigações deste caso começaram?
Pacheco: Nós já tínhamos uma diversidade enorme de informes; você foi policial, então sabe o que é isso, ou seja, uma informação que chega até nós, mas que ainda não se confirmou. Um informante, aquela conversa com o preso depois do depoimento, mas que não se quer registrar… É aquele dado que você não confrontou com a realidade. Pois bem, tínhamos alguns informes aqui dando conta da utilização de pequenos aviões nessa região.

Quando foi isso?
Em meados de novembro [de 2013], a P2 [órgão interno das polícias militares, formado por homens à paisana e viaturas descaracterizadas, ligado à Corregedoria da instituição para fiscalizar infrações administrativas dos policiais, muito embora, às vezes, realizem trabalhos de polícia investigativa, tal qual a Polícia Civil e Federal, além de serviço de inteligência para os governos estaduais] da Polícia Militar do Espírito Santo nos perguntou se sabíamos algo de estranho envolvendo fazendas da região. Havia chegado até eles a notícia da compra de um imóvel de forma muito estranha: uma pequena propriedade, que não valeria mais do que R$ 200 mil reais, teria sido comprada por R$ 500 mil reais, à vista, na região de Brejetuba. Fomos a campo e começamos a coletar informações. E o que nos foi dito naquela comunidade? “Olha, os caras pagaram esse preço à vista, chamou muita atenção, chamou tanta atenção que até eu quis vender minha propriedade, porque o preço está muito acima do mercado”. Os caras compram essa fazenda e não a ocupam. São pessoas que não se identificavam com a atividade da agricultura. Os moradores locais nos diziam assim: “os caras são muito doidões”.
Vocês já sabiam o nome da pessoa que havia comprado a fazenda?
Não. A experiência que a gente traz de outras situações é que essa transação imobiliária não poderia ter passado por uma formalidade cartorial. Fazer um contrato de compra e venda sem registro…
Um contrato de gaveta?
Sim, de gaveta. Mas veja, hoje eu já tenho outra informação. Ele deu R$ 100 mil e ia dar outros R$ 400 mil em 15 dias.

Detalhe da comunidade de Brejetuba, local da apreensão.

O cara quem? O Élio Rodrigues?
Como você sabe? Ah, claro. Já está na internet por conta dos advogados… Sim, o comprador foi o Élio Rodrigues.
Vocês chegaram a bater um papo com esse Élio? Ele é quente ou laranja?
Cara, ele teve a oportunidade de ser bem assessorado, ele tá com advogado constituído, é um direito dele. Você tem que jogar a regra do jogo e a regra do jogo é a democracia legal que diz que ele tem o direito de se defender e constituir um advogado.
O que o Élio disse sobre a compra do sítio?
Ele admite a compra, mas tudo o que ele admite não nos possibilita concluir nada em relação a ele.
Como assim?
Ah, eu perguntei a ele: “Você comprou a fazenda em dinheiro?”, “Comprei”. “De onde veio o dinheiro?”. “Eu guardo em casa”. “Você esteve lá?”, “Estive”, “Você conhece algum dos presos?”, “Conheço”, “De onde você os conhece?”, “Conheço da fazenda”. O que posso fazer diante de uma afirmação dessa?
E quando o sigilo bancário dele vai cair na imprensa?
Você tem uma bola de cristal aí?
Que a Polícia Federal vai pedir eu sei que vai, minha dúvida é quando isso vai cair na imprensa.
A minha duvida é quando o banco vai me entregar.

Helicóptero apreendido. No detalhe, compartimento usado para esconder a droga.

O que ele faz profissionalmente?
Ele é um empresário de Vitória.
E ele ostenta? Você acha que ele tem grana para dar meio milhão em dinheiro?
Se a gente tivesse a convicção suficiente para segurar ele, já teríamos pedido sua prisão. Mas a mecânica do processo penal não é tão simples, nem deve ser. Você sabe, a polícia, por viver o calor do evento, tende a ser arbitrária e dura. Por isso, em certos casos, a velocidade lenta do processo penal não é ruim. Daí a diferença entre o tempo da imprensa e do tempo da polícia investigativa.
Vocês chegaram ao Élio antes ou depois da apreensão?
Chegamos ao simples pré-nome Élio antes, e ao Élio qualificado (a saber: quem ele é e tal) logo depois. Um dia depois.
Como vocês descobriram que o helicóptero ia pousar naquele instante?
Quando chegamos, como disse, em meados de novembro, um vaqueiro deu uma informação importante pra gente. Ele disse o seguinte: “Olha, os caras chegaram aí, compraram a fazenda, se apresentaram como donos, fizeram churrasco durante dois dias inteiros e ficaram de voltar aqui no dia 23″, que era o sábado. Então, a gente se estabeleceu nessa região por seis ou sete dias, para fazer vigilância e observar a movimentação de pessoas que não têm identidade com aquela área. Já na sexta-feira, dois dias antes da apreensão, começamos a ver a movimentação de estranhos no local.
Momento da abordagem com helicóptero da PM dando cobertura para a equipe.
Vocês já tinham notícia de que a aeronave havia pousado lá em outras vezes?
Não, curioso isso. A gente costuma dizer que a imprensa gera o efeito “facho de luz”, ou seja, ela ilumina um ator que antes ninguém via. Depois que nós apreendemos esse helicóptero, já recebi 15 ligações de 15 helicópteros carregando cocaína. Quer dizer, até prender o primeiro, nunca houve. Depois que prendemos esse, tem um monte. Não tínhamos noticia de pouso anterior, mas ficou muito evidente pra gente, em razão da logística da fazenda, que, se fosse o transporte e entrega de drogas, não poderia ser feita de outra forma. Por que você compra uma fazenda e não ocupa? Por que paga em dinheiro, por que paga o dobro do preço? Por que marca um dia para voltar e não está lá exercendo atividade de agricultor diariamente? Nós temos casos repetidos de aeronaves transportando drogas em outros estados, apostamos na vigilância e apostamos bem.
Quantos policiais estavam envolvidos nessa operação?
Ah… Foram poucos. Fizemos uma parceria com a Polícia Militar local, porque sem eles não saberíamos andar naquela região. Sem eles o resultado não aconteceria.
Quantos policiais ao todo?
Eram seis agentes federais e seis PMs.
Em um vídeo no Youtube mostra que só dava PM no momento da abordagem.
O que acontece é o seguinte: para conquistar o apoio da PM, a gente precisava colocar eles em evidência. Quem pede tem que oferecer. Nós não somos vaidosos, entende? Então, o acordo era bem simples: vocês ficam com a notícia e a gente fica com o resultado do trabalho. Pode capitalizar, pode ficar à vontade, não tem problema. Eles são de uma cidade pequena, para eles isso era um feito histórico. Os PMs que participaram também são policiais de perfil baixo, que não se apegam a isso. Então, na verdade, a operação foi atribuída quase que na totalidade à Polícia Militar, mas estávamos cientes.

Veículo em que a droga estava sendo descarregada.

Alguns curiosos da internet disseram que a rota seguida pelo helicóptero não era bem aquela divulgado pela PF, pois não bateria com a autonomia de voo da aeronave. O tempo não é para tanto, que ela estava pesada demais, etc.
O curioso é que quem acha isso não sabe nada! Quando começamos a acreditar que poderia se tratar de uma entrega de drogas com um helicóptero, fui buscar apoio aéreo do helicóptero da PM para ajudar os policiais que estavam na vigilância em terra. Eu falava para eles da necessidade de estarmos a postos muito antes dos traficantes, mas eles respondiam: “Não dá. Ali, depois das quatro horas da tarde não tem jeito porque é serra, montanha, tem nuvem, é perigoso”. Eu falei: “Cara, é que você tá pensando como piloto, como alguém que segue regras, tá pensando como alguém que pensa em segurança, você não tá pensando como traficante que chega a ganhar um milhão de reais numa operação dessas”. Então, quer dizer, os caras da internet não sabem que os pilotos que se dedicam a essa atividade são malucos, ignoram perigos básicos, carregam combustível dentro da aeronave…
Mas o peso dele não influencia?
Influencia, mas nada impede que ele tivesse pontos de pouso intermediários para isso.
Essa é a dúvida que todos temos. Esses pontos de pouso intermediários. Suspeita-se de nomes de muitas pessoas que deram cobertura a esses pousos que ainda não vieram à tona e…
É possível, mas como te falei, a velocidade da imprensa não é nossa. O compromisso da internet é o curtir do Facebook e as piadas nos grupos de WhatsApp. Cadeia não é hotel, é coisa séria. Daqui a uns dias, os peritos vão me entregar as coordenadas, daí ótimo, beleza, tenho a coordenada e vou colocar no Google Earth. [Por exemplo] Bateu lá em Bauru. Porra, meu irmão, eu preciso de uma equipe que vá a Bauru, que vá ao cartório, que identifique a fazenda. Pode ser um produto de espólio, uma herança, pode ter herdeiro brigando, o pouso pode ter sido aleatório. Ou seja, nós não podemos ter aí a irresponsabilidade do cara da internet. E se ele pousou na fazenda do seu avô, seu avô é traficante, é isso? Muita calma nessa hora, parceiro, porque a internet não tem compromisso com porra nenhuma, mas eu tenho, meus colegas têm, o delegado tem! Respondi uma pergunta um dia desses sobre o deputado [Gustavo Perrella, dono do helicóptero apreendido]. O pessoal falou: “Porra, a cocaína é do deputado porque o helicóptero é dele!”. Eu falei: “Caralho, se eu pedir seu carro emprestado, e encher ele de cocaína, você é o traficante?”. Ou seja, não pode ter esse atropelo, isso atrapalha. A ânsia de querer inflar uma notícia, julgar alguém, colocar um senador, um deputado no rolo… Não tenho medo de político não, já prendi vários. Tô cagando pra esses caras, quero que se fodam. Mas quem vai sentar na frente do juiz e dizer “Foi ele!” sou eu, serão meus pares. Não pode ter essa pressa não, velho.
Você teve acesso às mensagens de celular trocadas entre o piloto e o deputado?
Ainda não. É isso que eu estou falando. Para você ver. O deputado vai lá e fala: “Eu não sabia de nada”. Aí depois ele mexe no próprio telefone e se dá conta que mandou uma mensagem para o piloto. Daí o que ele faz? Dá outra declaração desmentindo a anterior, porque ele sabe que na hora que sair o laudo eu vou ter essa mensagem. Mas se eu mexer nesse telefone antes da autorização judicial, o advogado vai falar: “Você conspurcou a prova, portanto, ela não vale mais nada”. Só vou ver essas mensagens quando o perito me entregar o laudo. Meu compromisso é com a sentença, não com a notícia.
Mas vocês não chegaram a pegar esse celular nas mãos? Não abriram, viram os números e tal?
Sim, os celulares foram todos apreendidos. Você tem que entender o seguinte: a necessidade de você obter uma informação é até você obter o que você quer. O que eu quero? Provar nosso ponto perante à justiça, curiosidade é coisa de menino.
É louvável tamanha frieza. Só acho estranho porque a Polícia Civil, no dia a dia, não é tão disciplinada assim.
Parceiro, é o seguinte: a gente trabalha nesse caso com a Justiça Federal e o MPF. Se a Polícia Civil lidasse com juízes e promotores federais, ela ia ficar disciplinada. O que acontece: o cachorro morde no tamanho da porrada do dono. Então, os juízes federais, no geral, são fodas. Não estou dizendo que a justiça estadual é pior, mas até em razão do volume absurdo de trabalho que eles têm, costumam ser mais tolerantes. O importante para nós era prender os caras e tirar meia tonelada de cocaína do mercado. Isso foi feito. E as respostas? Elas virão na velocidade da lei, não posso atropelar esse processo. Daí, depois, vêm as criticas da própria imprensa: “Ah, mas o Tribunal anulou a operação da Policia Federal inteira”. Anulou porque a gente fez merda, ou seja, não pode fazer assim velho, tem que ter calma.
Quando vocês tiveram a notícia que o helicóptero era do deputado?
O piloto falou ali mesmo na hora, ele abriu o jogo e disse: “Olha, eu piloto para o senador Perrella, ele não sabe que eu estou aqui e vai ficar muito ruim pra mim”. O colega que estava na condução disse: Foda-se, isso é um problema seu, não meu.
O piloto estava armado? Porque eu vi que a chegada foi muito calma, né?
Ninguém estava armado, não teve resistência. Foi muito calmo, cara. Você imagina que uma operação dessa, desse nível de investimento, 1kg dessa cocaína custa lá na fonte, no fornecedor, algo em torno de US$14 mil dólares. Isso é gente que anda de Mercedes. Eu mesmo, em todo momento, nunca apostei no confronto. Mandamos uma equipe pronta para o confronto, mas nunca apostei.
Qual foi a reação da equipe quando descobriu que o piloto era funcionário do deputado?
Indiferente. Quem trabalha com entorpecente não é ligado em glamour, velho, não tem isso. Quem trabalha com entorpecente é farol baixo. O tesão dos caras foi a carga. O tesão dos caras é “Puta que o pariu, 450 quilos, beleza, tô de pau duro e feliz”. Eles não têm tesão com mídia, com Fantástico… Não têm tesão por nada disso. Quando o cara falou de senador, de deputado, eles cagaram, velho, tão nem aí.


Policiais no momento da apreensão.

Os presos tinham passagem pela polícia?
Só um, e não é folha corrida grande. Mas o que acontece nesse tipo de operação: os caras trabalham em células. Quem fornece não conhece quem transporta, que não conhece quem recebe, que não conhece quem revende. A vantagem disso é que, quando você pega um, o cara realmente não conhece o próximo. E qual é a desvantagem desse tipo de estrutura? O envolvimento de pessoas “não profissionais”. O que causa alarde nesse trabalho não é nem a droga. Se eu pegasse meia tonelada num caminhão de arroz vindo de Foz de Iguaçu, ganhava só uma notinha de jornal. O que chamou a atenção desse caso foi o helicóptero, o tipo do transporte.
E o dono dele, né…
Sim, aí potencializa.
Quando sua equipe chegou a Brejetuba para dar o bote?
Seis ou sete dias antes.
E onde eles ficaram hospedados?
No mato.
No mato? Dentro de uma casa, numa espécie de acampamento?
Usaram algumas casas para apoio e se revezavam eventualmente na cidade, mas na vigilância a gente fez acampamento mesmo.
Você participou da abordagem?
Não, eu estava no controle, estava em Vitória dando todo o apoio. Foram sete dias de comida de micro-ondas dormindo dentro do trabalho em colchão inflável. É preciso ter um cara distante para que possa suprir os meios. Os caras estão lá no mato, ele não tem condição de fazer isso. Então, porra, um colega passou mal, ficou doente, precisa ser substituído, uma viatura quebrou, precisa de dinheiro, precisa de armamento, você tem que ter um cara fazendo essa logística, fazendo isso. Eu fiz isso.
E como foi a rotina desses seis ou sete dias no mato?
Ah, complicado, né, cara, porque você tem que levar mantimento, tem que levar água, comida, você não pode cozinhar, leva muito biscoito, muito pão. Mija dentro de garrafa pet. Quando não pode ser na garrafa, arruma um matinho. Essas equipes têm que se revezar porque você tem limite de exaustão.
Quantas pessoas ficaram no acampamento?
Seis nossos e seis deles.
Os “eles” eram P2?
Só trabalho com P2, não trabalho com tropa regular.
Por quê? Vocês tem algum tipo de objeção para trabalhar com a Polícia Civil?
Não, nenhuma. Trabalho com vários deles, mas nesse caso a preferência é de natureza doutrinária, não de natureza ideológica. A Polícia Militar, apesar de ser mal afamada por ser militar, tem uma disciplina que a Polícia Civil não tem. Para esta ação, a P2 era a melhor opção, quando disse que não trabalho com tropa regular me refiro ao policiamento ostensivo que a PM faz com os homens de farda, a P2 é uma unidade especializada. E isso vale para qualquer polícia.
Como vocês descobriram que o helicóptero estava chegando? Viram ele se aproximar?
Como disse, nós tínhamos a referência do peão, que falou: “Eles disseram que vão voltar aí por volta do dia 23, 24″. Ele deu uma data aproximada. A gente não sabia muito bem o que ia acontecer. Se a droga viria de carro, cavalo, helicóptero… Terrestre a gente já sabia que não ia ser porque a região não permite isso. Havia uma única via de acesso… Não faria sentido. Para o cara levar a droga ali por terra, ele teria que se complicar, não se descomplicar. Porque ele teria que sair de uma rodovia federal para uma estadual e para uma vicinal… O caminho não é esse. O caminho é de uma vicinal para uma BR. Então, a gente não sabia muito bem o que ia acontecer, mas a gente sabia que não ia ser por terra. E se fosse por terra, nossa estrutura estava pronta para asfixiar.
Com 12 pessoas?
Era o suficiente. Com 12 pessoas você monta uma estrutura de observação e mais duas ou três equipes de intervenção com muita tranquilidade.
E que tipo de armas essas equipes de intervenção usavam?
Todas. Desde o armamento não letal, das granadas de luz e som, passando pelas pistolas e chegando aos fuzis. Não sabíamos quem era o inimigo, levamos tudo.
Quem eram as pessoas que estavam aguardando a chegada da droga em solo, no carro branco?
Era um garoto da área, de nome Everaldo, e um carioca de nome Robson.
E agora, Pacheco? O trabalho se encerra no dia 17. Tá tudo redondo?
Redondinho. Mas, cara, sinceramente, considero essa uma operação amadora. A forma como eles montaram a logística chamou atenção, com gente graúda seria mais sofisticado. E veja a chegada deles na região — é uma região de matutos. Os caras chegaram chamando muita atenção. Porra, chegaram com dinheiro em bolsa, pagaram valores fora de mercado. Fizeram churrasco, encheram de mulher. É uma sociedade pacata, o cara ali casa com 16 anos. Aí você faz um churrasco e leva um monte de mulher para lá? Chama atenção. Acho que a operação foi muito tosca para envolver um cara desse calibre.
Isso não está estranho, Pacheco? Afinal, é um investimento muito grande para três peões que parecem nunca ter feito isso na vida.
Não tenha dúvida, o problema é que esses caras trabalham em células. Fazem tarefas seccionadas para que, justamente, a gente tenha dificuldade em compreender todo o conjunto.
Fazendo uma especulação bem rústica, vocês já chegaram a cogitar a hipótese de que o piloto e os garotos foram colocados ali para serem presos?
É possível. Mas nossa experiência deixa claro que tem muito mais à frente e muito mais atrás, sim. Só temos que focar no que a gente tem em mãos nesse momento.
O carro estava no nome de quem?
Ainda não parei para olhar. Mas acho que é do Robson, um dos presos.
E eles falaram para onde levariam a droga?
Imagina…
Eles não abriram o bico?
Não, nada. Na Polícia Federal, o cara não apanha, não toma calor. Por favor, não estou dizendo que nas outras polícias se faça isso, mas aqui não se faz.
Ah, para com isso Pacheco…
Porra, cara, não apanha. Eu vou bater no cara? Tenho 20 anos de polícia, tenho dois filhos para criar, você já viu o contracheque da polícia, tem escrito lá auxílio-cacete? Não é uma questão de ideologia, é uma questão de inteligência. Não vou ficar dando porrada nos outros, por quê? Para ser demitido e depois o Ministro da Justiça tirar onda e dizer que não tolera isso?

Uma das casas usadas como acampamento pela equipe.

Sabe o que levantaram na mídia, Pacheco?
Que o Alexandre, o piloto, tem uma escola de aviação aqui em São Paulo. Disseram que o patrimônio dele deu um salto gigantesco em um ano.
É o que eu tô te falando. Defendo totalmente a liberdade de expressão, o caralho a quatro de asa roxa, porra! Mas a imprensa não tem compromisso com porra nenhuma, velho. O cara vai lá no Campo de Marte, filma uma escola de aviação, conversa com o porteiro, o porteiro diz que aquele patrimônio é enorme e ele joga isso na televisão. Nós não podemos fazer isso. Eu vou ter que falar na frente de um juiz, na frente de um promotor. Não posso fazer isso. Agora a Band foi lá, filmou, falou assim: “A escola do cara vale 200 milhões de dólares”. Eu não, preciso provar isso.
Ah, para com isso, sério, cara?
Você vai encontrar o flagrante na internet porque os advogados já deram para a Globo, já deram para todo mundo. Isso é informação pública, não tem por que eu te esconder isso.
Mas eles só mostram aquilo que interessa a eles, o que normalmente não me interessa.
Mas eu tô te falando, cara. Para mim, quando é prisão em flagrante, o tempo urge. Porque se o cara, por exemplo, foi numa lanchonete, foi num banco ou foi num hotel, esses registros vão se perder. Em um pequeno hotel, se ele tiver uma câmera de vigilância, ele grava cinco dias.
A região de Afonso Cláudio tem tradição em ser rota de tráfico?
Tivemos um caso antigo nos idos de 2003, 2004… Realmente, não me lembro muito bem. Prendemos uma gerente da Caixa Econômica que tinha envolvimento com o Fernandinho Beira-Mar. Então, a cidade não tem um histórico com a traficância de entorpecentes.
Essa foi a maior apreensão que a Polícia Federal fez?
Não. A Operação Monte Perdido que fizemos no Rio de Janeiro apreendeu 750 quilos na Austrália, teve uma acho que em 1997 que deu umas sete toneladas em Tocantins. Aqui no Espírito Santo foi a segunda maior apreensão de toda historia. A maior foi de 600 e poucos quilos, 630 quilos, em 1996, e agora nós temos essa aí totalizando 445 quilos.
A imprensa divulgou que já foi descartada a participação dos donos do helicóptero na apreensão da droga. É isso mesmo?
Já naquela época, tínhamos um monte de detalhes que os excluíam da situação. Agora, além disso, existe um conjunto enorme de mensagens de celular (saiu ontem o laudo, mas não vamos falar delas, OK?) entre o piloto do deputado e outro piloto. Eles conversam sobre o pagamento das horas ao deputado, que acertaram ser apenas 4h, visto que ele disse que iria até São Paulo e voltaria. Seriam dois mil reais a hora. Ocorre que já estavam voando há quase 28h e combinam então de enganar o deputado. Ou seja, o deputado pode ter envolvimento em ilícitos? Pode. Mas com o conteúdo destas conversas fica absolutamente excluída qualquer chance de ligá-lo a este evento.
Quais são as perguntas às quais você ainda não teve resposta?
De quem é a terra eu já sei, mas por que ele a comprou, qual o real desejo de comprar essa fazenda? É coincidência alguém ter comprado uma fazenda de forma lícita, e uma aeronave carregada de entorpecentes pousa nela dias depois? De quem era essa droga? Quem são os fornecedores? Quem são os financiadores dessa operação?
Muitas perguntas…
Vou te dizer, essas perguntas não vão ser respondidas, e não devem ser respondidas, porque você inviabiliza o processo penal. Porque o processo penal trabalha com verdade real, não fui eu quem inventou isso. Então, não adianta você querer expandir e ficar aberto. Se falar assim, “Não, doutor me espera, porque eu vou procurar quem vendeu a droga lá no Paraguai, na Bolívia, no Peru, sei lá onde foi”. Eu vou achar? “Então, por que você vai abrir isso? Não me interessa.” E o direito penal trabalha com conduta fechada.
Qual a conduta atribuída aos pilotos?
Sim e acabou! Saiu daí, é curiosidade policial. Nós vamos atrás dessas respostas? Vamos, mas não dentro desse processo.
 Fonte: http://jornalggn.com.br/fora-pauta/helicoptero-do-po-a-historia-completa acessado em 18/01/2014

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Primeiro aeroporto concedido pelo Governo Federal à iniciativa privada será inaugurado em abril

O aeroporto de São Gonçalo do Amarante localizado próximo da cidade de Natal (RN), que foi o primeiro concedido pelo governo federal à iniciativa privada, já tem data de inauguração para o próximo dia 15 de abril de 2014.
O aeroporto de São Gonçalo do Amarante contará com uma pista de 3 mil metros de extensão e um terminal de cargas com capacidade de processamento de 10 mil toneladas por ano.
A Inframérica é a empresa que poderá explorar o aeroporto até 2039 e a capacidade do terminal será suficiente para atender a demanda prevista até 2024.
As obras do novo terminal de passageiros serão concluídas até o fim de março - oito meses antes do prazo previsto.
Para viabilizar sua entrada em operação, no entanto, a empresa precisou tirar dinheiro do próprio bolso para acelerar a construção da estrada que ligará Natal ao novo terminal.
Em 2009, o governo do Rio Grande do Norte fez uma licitação para contratar as obras de pavimentação de dois acessos (norte e sul) ao aeroporto, totalizando 37 quilômetros.
O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wellington Moreira Franco, que fez uma inspeção no canteiro de obras disse: "Estamos satisfeitos com o andamento e já podemos garantir que o aeroporto será usado na Copa do Mundo".
A Inframérica, empresa criada pela brasileira Engevix e pela argentina Corporación América, arrematou a concessão do aeroporto de São Gonçalo do Amarante em 2011. Ela venceu o leilão com um lance de R$ 170 milhões - ágio de 228% sobre o valor mínimo de outorga. A pista de pouso e decolagem foi construída pela Infraero.
Cabe à concessionária erguer um terminal com capacidade inicial para 6,2 milhões de passageiros, que exigiu investimentos de R$ 410 milhões, só na primeira etapa do contrato.
Até julho do ano passado, as obras rodoviárias não haviam começado, ameaçando a inauguração do aeroporto até a Copa do Mundo. A Queiroz Galvão, empreiteira contratada pelo governo estadual para construir os dois acessos, desistiu. Houve demora na negociação com as autoridades potiguares para obtenção de financiamento junto ao BNDES e à Caixa Econômica Federal (CEF).Quando o empréstimo foi aprovado, a Queiroz Galvão pediu um aditivo para construir os acessos em prazo inferior ao inicialmente acordado. Houve recusa do governo estadual e o contrato foi rescindido de forma amigável. As autoridades convocaram a EIT Engenharia, segunda colocada na licitação, que acabou aceitando o valor de R$ 72 milhões para executar a obra.
O risco de ter um aeroporto novinho em folha, mas "ilhado" nas imediações de Natal, deixou a presidente Dilma Rousseff consternada. Hoje não existe nenhum acesso terrestre asfaltado ao terminal. Ela acompanhou diretamente a solução do problema.
Para evitar atrasos que comprometessem o uso de São Gonçalo do Amarante na Copa do Mundo, o Valor apurou que a Inframérica antecipou recursos à construtora Potiguar, subcontratada pela EIT para tocar a obra.
A Potiguar já fazia trabalhos para a própria construção do aeroporto. O objetivo da concessionária foi garantir caixa suficiente para a execução do acesso sul - mais curto e mais barato - sem atraso adicional. Houve acerto direto entre a Inframérica e construtora. Assim que o financiamento for efetivamente liberado, o governo do Rio Grande do Norte se compromete a reembolsar integralmente a concessionária do aeroporto.
Mesmo com apenas um dos acessos prontos, o aeroporto começará a receber voos regulares com destino a Natal no dia 15 de abril, simultaneamente às operações no Augusto Severo. Entre os dias 20 e 25 de abril, segundo a Inframérica, o atual aeroporto deixará de fazer voos regulares e todas as operações serão concentradas em São Gonçalo do Amarante. "A antecipação do novo terminal nos permite potencializar as receitas comerciais e as oportunidades relacionadas com a Copa do Mundo", afirmou o presidente do conselho de administração da Inframérica, José Antunes Sobrinho. O contrato só obrigava o término das obras em novembro.
Ele terá, na primeira fase, 40 mil metros quadrados de área construída. Serão 45 balcões de check-in e oito pontes de embarque (fingers), além de dez posições remotas para as aeronaves. Na segunda fase, a capacidade será ampliada para 11 milhões de passageiros, o que atenderá a demanda até 2038.


A Inframérica também administra o aeroporto internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, que está passando por um processo de expansão. Nesse caso, a Infraero detém 49% de participação na concessionária.
Fonte: http://www.portosenavios.com.br/portos-e-logistica/22507-aeroporto-privado-no-rn-comeca-a-operar-em-abril e http://saotomeinformes.blogspot.com.br/2013/04/aeroporto-de-sao-goncalo-vai-entrar-em.html acessados em 16/01/2014. e

sábado, 11 de janeiro de 2014

Spray Alta Temperatura resiste a temperaturas de até 600°C e cobre superfícies metálicas como aço, cobre, alumínio, latão e ferro

A Suvinil acaba de lançar um novo produto denominado de Spray Alta Temperatura, o qual resiste até 600°C, específico para recuperar aparência de produtos metálicos desgastados pela ação do tempo e da temperatura.
O Spray Alta Temperatura permite a renovação dos objetos e colabora para manter a casa do consumidor com a aparência sempre nova e bonita.
O produto resiste a temperaturas de até 600°C e cobre superfícies metálicas como aço, cobre, alumínio, latão e ferro. Além disso, apresenta alta aderência, excelente nivelamento e está disponível nas cores Preto e Alumínio.
Alguns objetos de metal, como fogões, churrasqueiras, coifas e lareiras, passam boa parte do tempo expostos a temperaturas muito altas. Com o tempo, essas superfícies ficam descascadas, sem brilho e com uma aparência desgastada.



Este novo spray está dentro do princípio da inovação, que já tem sido um de seus principais pilares, e cada vez colaboram com o dia a dia dos consumidores.
Para ajudar o consumidor a dar uma cara nova a esses objetos de forma rápida e barata, a Suvinil, marca de tintas imobiliárias da BASF e líder no segmento Premium, acaba de lançar o Suvinil Alta Temperatura.
Antes de aplicar o Spray Alta temperatura é preciso preparar a superfície e os arredores: forrar a área onde o objeto será pintado, retirar os botões removíveis e passar uma fita nos detalhes para não correr o risco de manchar.
Depois disso, será necessário limpar a superfície com um produto desengordurante para garantir a aderência da tinta.
Fonte: https://mail.google.com/mail/u/0/?shva=1#1437673ee05b1431_mctoc1 em 11/01/2014.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Quinto acidente de grande porte que ocorre em refinarias da PETROBRAS em menos de 40 dias

Um novo incêndio ocorreu sábado passado (04/01/2014) na Refinaria Duque de Caxias (REDUC), que paralisou o processamento de combustíveis na unidade, responsável por 10% da produção nacional.
Este é o quinto acidente de grande porte que ocorre em refinarias da PETROBRAS em menos de 40 dias.
A interrupção pode representar uma perda de R$ 500 mil em receitas diárias da Petrobras referentes à produção de derivados. 
Para suprir o fornecimento, a companhia também precisará ampliar as importações, comprometendo ainda mais suas finanças.
Os sindicalistas acusam a Petrobrás de operar a refinaria acima da capacidade com o objetivo de alcançar recordes de produção, além de cortes nas equipes e nos gastos com manutenção preventiva. 
"Em agosto, a carga da unidade passou de 5 mil metros cúbicos por dia para 6 mil, um aumento de 20% quando o recomendado seria de 10%. Foi quando começou uma série de pequenos acidentes.
Os equipamentos, bombas, compressores, e torres não suportam a carga", afirmou Simão Zanardi, presidente do Sindpetro de Caxias. "As máquinas estão explodindo de tanto operar. Os trabalhadores, estão adoecendo. Eles estão com medo", completa.
Na noite do último sábado, por volta das 18h, foi diagnosticado o entupimento em uma das torres da unidade e acionada uma bomba para liberar o fluxo de óleo. Com a pressão, parte do óleo vazou e a bomba explodiu, explica Zanardi. Ninguém ficou ferido. As chamas chegaram a mais de 20 metros de altura, mas a brigada de incêndio controlou o fogo e isolou a área. Ao menos seis bombas foram danificadas.
Segundo o sindicalista, após o acidente, a presidente da Petrobrás, Graça Foster, visitou a unidade acompanhada do diretor de abastecimento, José Carlos Consenza, para avaliar o impacto da paralisação. Procurada, a assessoria da empresa não foi localizada para confirmar a informação. Em nota, a companhia informou que uma comissão foi instalada para investigar as causas do acidente.
Durante a visita, técnicos da empresa estimaram em três dias a retomada da produção, o que é contestado pelo Sindpetro. "Os trabalhadores vão fazer um movimento para não retornar sem condições que garantam a segurança. A empresa quer recomeçar ativando bombas substitutas, para não parar a operação durante os reparos. É muito perigoso", afirma.
Se prolongada, a paralisação da unidade pode afetar a produção de combustíveis, como gasolina e diesel. Não há até o momento estimativas sobre a queda na produção da companhia. Com a ampliação das importações de combustíveis e derivados de alto valor agregado, a Petrobrás começa o ano aprofundando uma crise na gestão financeira que se arrasta desde 2012.
Sem poder praticar os preços internacionais do petróleo cotados a dólar por determinação do governo federal, como forma de conter a inflação, a Petrobrás acumula déficits em sua balança comercial. Especialistas calculam que, em 2013, a empresa teve o pior resultado dos últimos 13 anos.
Para compensar as perdas, a empresa tem elevado a utilização das suas refinarias ao máximo, visando ampliar a produção. Outra medida adotada foi o corte de gastos, com um programa de desinvestimento em projetos internacionais e otimização de recursos de manutenção e pessoal. Os sindicalistas afirmam que as reduções têm afetado a segurança e a manutenção das refinarias.
Adriano Pires, consultor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE),  a Petrobrás tem uma "política de preços maluca" e faz uso "irresponsável" das refinarias. " Para fazer caixa estão rodando as refinarias em nível acima do que deveria, colocando em risco os trabalhadores e equipamentos", afirma.

Fontes: ANTONIO PITA - Agencia Estado, Folha de São Paulo/DENISE LUNA DO RIO e http://www.portosenavios.com.br/geral/22446-incendio-em-refinaria-da-petrobras-pode-afetar-producao-de-combustivel?utm_source=newsletter_1300&utm_medium=email&utm_campaign=noticias-do-dia-portos-e-navios-date-d-m-y acessado em 07/01/2014.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Medicina da UFVJM no Campus JK em Diamantina é realidade e inscrições devem ser realizadas pelo SISU

Medicina é uma realidade na UFVJM no Campus JK em Diamantina e tem 30 vagas para o primeiro semestre de 2014.
As inscrições devem ser realizadas pelo SISU de 06/01/2014 a 10/01/2014.
Foi divulgado esta semana pela Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da UFVJM o Edital para acesso aos cursos presenciais da UFVJM para ingresso no 1º semestre de 2014 pelo Sistema de Seleção Unificada (SiSU), bem como o Termo de Adesão e o Cronograma de Inscrições.


Acesse os editais completos:
·         Edital UFVJM SiSU 2014/1
·         Termo de adesão SiSU 2014/1 
·         Cronograma SiSU 2014/1

Ponte estaiada que liga Barra da Tijuca com Jacarepaguá foi inaugurada no Rio de Janeiro

Inaugurada nesta semana a ponte estaiada que se chama Cardeal Dom Eugênio de Araújo Sales e faz parte da linha de Bus Rapid Transit (BRT) da Transcarioca na cidade do Rio de Janeiro.
A ponte possui quatro mastros de sustentação que têm uma altura equivalente a de um prédio de 16 andares. 
A estrutura tem 900 metros de extensão faz parte da linha do BRT da Transcarioca e dos mastros saem um total de 56 estais.
O tabuleiro é dividido em quatro faixas de trânsito, sendo duas para o trânsito normal e duas exclusivas para o BRT Transcarioca, todas no sentido Linha Amarela para Avenida das Américas. Por enquanto, apenas o lado para veículos está funcionando - os ônibus devem começar a circular no primeiro semestre do ano que vem, quando começa a operação do BRT Transcarioca. Abaixo imagem da ponte.



A nova ponte faz a ligação sobre das lagoas de Jacarepaguá e da Tijuca, em trecho da Avenida Ayrton Senna próximo à Avenida Abelardo Bueno
O investimento na construção da ponte, que levou um pouco mais de dois anos para ser concluída, foi de R$ 120 milhões. Já a Transcarioca recebeu recursos que totalizam R$ 1,7 bilhão, sendo cerca de R$ 1,1 bilhão vindos do Governo Federal.
Fonte:infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-tecnicas/Transporte/ponte-estaiada-na-barra-da-tijuca-no-rio-de-janeiro-302992-1.aspx acessado 03/01/2014.

Cientistas da Rússia apresentam nova técnica de extração de petróleo e gás por meio de laser

Trata-se de uma nova técnica proposta por cientistas russos totalmente inovadora. Estes, inventaram um novo método de produção de petróleo e gás com a utilização do laser, o que permite extrair cerca de 90% do mineral. 
Ao invés da perfuração tradicional serão utilizados raios laser, capazes de penetrar em locais de difícil acesso. Isto permitirá recuperar as jazidas onde o petróleo não pode ser extraído por métodos existentes na atualidade.
Projetistas da empresa Bereg sustentam ser possível extrair praticamente 100% do petróleo e gás que se encontram em estratos, ao contrário dos 30 e 40% que se produzem hoje, salienta Alexei Gromov, dirigente do departamento de energia do Instituto de Energia e Finanças: "A nova tecnologia é sumamente importante para a Rússia, já que o país tem tido problemas relacionados com a elevação do coeficiente de recuperação de petróleo (oil recovery factor). Na Rússia, esse factor não ultrapassa 30-31%, enquanto no mundo atinge os 40%. Nesse contexto, quaisquer inovações tecnológicas que permitam aumentar a produção são muito úteis".
O raio laser pode entrar sob o ângulo nas partes do minério inacessíveis nos métodos tradicionais. Isto permite extrair todas as reservas que se consideram esgotáveis. O processo tem mais uma vantagem – a velocidade será aumentada em 3-4 vezes. Claro que, nessa fase, a nova tecnologia deverá ser testada, afirma o director do Fundo de Desenvolvimento Energético, Serguei Pikin: "O método, depois de se ser experimentado em laboratório, será testado directamente nas jazidas. Antes de mais, será preciso fazer uma perfuração experimental. Tudo depende da rentabilidade económica do projeto. Conhecemos tecnologias que depois dos testes em laboratórios não podem ser aplicadas na prática por razões técnicas. Creio que em breve estas tecnologias serão testadas com êxito".
Os cientistas dos EUA também tinham proposto aplicar métodos semelhantes na indústria extractiva. Mas ao contrário dos métodos russos, eles pretendem aquecer, mediante o laser, o minério para facilitar a perfuração e diminuir o desgaste dos equipamentos. Além disso, tal tecnologia é apenas um meio para aplicar as verbas disponibilizadas pelo Ministério da Energia dos EUA.
Os especialistas entrevistados pela Voz da Rússia têm certeza que esta metodologia terá sucesso. Além de eficiência e rapidez, tem mais uma vantagem – não polui o meio ambiente.
Fonte: www.geofisicabrasil.com/noticias/204-clipping/5771-cientistas-russos-propoem-extrair-oleo-e-gas-por-meio-de-laser.html?utm_source=MadMimi&utm_medium=email&utm_content=Destaques+do+Geof%C3%ADsica+Brasil+%2803%2F01%2F2014%29&utm_campaign=20140103_m118573233_Destaques+do+Geof%C3%ADsica+Brasil+%2803%2F01%2F2014%29&utm_term=Cientistas+russos+prop_C3_B5em+extrair+_C3_B3leo+e+g_C3_A1s+por+meio+de+laser acessado em 05/01/2014 e O país on-line (24/12/2013).

Posse de Antonio Jorge de Lima Gomes na cadeira 8 do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais

Ocorreu no dia 23 de Março de 2024, na sede do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais (IHGMG) em Belo Horizonte, a posse de Antoni...