domingo, 15 de janeiro de 2023

A primeira Engenheira negra do Brasil: Enedina Alves Marques

Enedina Alves Marques nasceu em Curitiba-PR no dia 13 de janeiro de 1913. Filha de Paulo Marques e Virgília Alves Marques formou-se em Engenharia Civil em 1945 pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), sendo a primeira mulher a se formar em Engenharia no Paraná e a primeira engenheira negra do Brasil. Enedina faleceu em 1981.

Filha de doméstica, foi criada na casa da família do delegado e major Domingos Nascimento Sobrinho, para quem sua mãe trabalhava. Enedina tinha a mesma idade da filha de Domingos e, para que pudessem fazer companhia uma a outra, ele a matriculou nos mesmos colégios da filha. Assim, Enedina Alves foi alfabetizada na Escola Particular da Professora Luiza Dorfmund, entre 1925 e 1926.  No ano seguinte, ingressou na Escola Normal, onde permaneceu até 1931. Entre 1932 e 1935, passou a trabalhar como professora no interior do estado.

Entre 1935 e 1937, voltou a Curitiba para fazer o curso intermediário (equivalente a um supletivo ginasial, exigido para o magistério). Em 1938, fez curso complementar em pré-Engenharia e, em 1940, ingressa na Faculdade de Engenharia da Universidade do Paraná, graduando-se em Engenharia Civil no ano de 1945.


Em 1946, tornou-se auxiliar de engenharia na Secretaria de Estado de Viação e Obras Públicas. No ano seguinte, foi descoberta pelo governador Moisés Lupion, que a transferiu para o Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica. Trabalhou no Plano Hidrelétrico do Paraná e atuou no aproveitamento das águas dos rios Capivari, Cachoeira e Iguaçu. Para muitos, a Usina Capivari-Cachoeira foi seu maior feito como engenheira. Dentre outras obras, destacam-se o Colégio Estadual do Paraná e a Casa do Estudante Universitário de Curitiba (CEU)

Em 1988, uma importante rua no bairro Cajuru em Curitiba recebeu o seu nome. No ano de 2000, foi imortalizada no Memorial à Mulher, localizado na capital do Paraná, ao lado de outras 53 mulheres pioneiras do Brasil.

A casa onde Enedina viveu com a mãe durante a infância, foi desmontada e abriga o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Em 2006, é fundado o Instituto de Mulheres Negras Enedina Alves Marques, em Maringá-PR.

Referências:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Enedina_Alves_Marques

https://revistas.ufpr.br 

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