sexta-feira, 9 de novembro de 2018

140 anos de emancipação da cidade de Teófilo Otoni (1878-2018)

Em 2018 estamos completando 140 anos da emancipação de Teófilo Otoni e a população de Teófilo Otoni, sempre vai guardar profundamente na sua história, as grandiosas ações do Conselheiro João da Matta Machado que permitiram o desenvolvimento da cidade e da região. Eternamente será um dos grandes amigos do povo Teófilo-otonense.

Foi de autoria do Conselheiro João da Matta Machado a Lei nº 98 de outubro de 1878, que autorizou a província a contratar o Engenheiro Miguel de Teive e Argolo para a construção da Estrada de ferro ligando Filadélfia (atual Teófilo Otoni) ao porto de Caravelas na Bahia, o que permitiu a construção da Ferrovia Bahia-Minas, motivado pelo apreço e respeito à figura empreendedora de Benedito Teófilo Otoni.

Também de sua autoria, foi aprovada no dia 29 de outubro de 1878 a Lei nº 177, que criou o Município de Filadélfia, que elevou o povoado de Filadélfia de forma direta à categoria de Cidade, sem passar pela fase de Vila, procedimento comum naqueles tempos.

O Conselheiro João da Matta Machado nasceu em Diamantina no dia 14 de novembro de 1850 e faleceu em Belo Horizonte no dia 06 de fevereiro de 1901. Filho de João da Matta Machado e Amélia Senhorinha Caldeira Brant, é o filho mais velho de uma família de 8 irmãos.

Casou-se com Luiza Bessa, filha do Comendador Manoel José Bessa e de Maria Constança Bessa. O seu pai João da Matta Machado era natural do Alto do Serro e compartilhava com as ideias liberais de Teófilo Otoni e apoiou a Revolução Liberal de 1842.

Aos 14 anos foi para o Rio de Janeiro estudar no colégio do Internato Santo Antônio. Formou-se na Faculdade de Medicina da Corte em 30 de setembro de 1874, onde na qualidade de estudante fundou a “Liga Escolástica” com o objetivo de unir os estudantes, sendo ele um dos mais assíduos redatores do Jornal “Radical Acadêmico”.

Aos 24 anos defendeu sua Tese de Doutorado na presença do Imperador intitulada “Da Educação Física, Intelectual e Moral da Mocidade do Rio de Janeiro e sua influência sobre a Saúde”, que foi aprovada com distinção. Na sua tese o Conselheiro João da Matta Machado condena o monopólio da Educação em nome dos princípios liberais e defende a democratização da cultura para que todos tenham acesso a ela, sem distinção de espécie alguma. Critica o regime do Internato Santo Antônio e lamenta sobre os castigos, privações e sofrimentos infligidos aos alunos, mostrando desde jovem sua vocação para a Medicina, Educação e Política.

Após formado retornou para Diamantina já na companhia de sua amada esposa Luiza Bessa, onde abriu um consultório médico e mais tarde se tornou provedor do Hospital Santa Isabel. Na política, foi eleito Deputado Provincial de Minas Gerais de 1878 a 1879. Nos anos seguintes foi eleito Deputado Geral nos períodos: 1882 a 1884, 1886 a 1889 e 1891 a 1901. Foi ministro dos Negócios Estrangeiros, de 6 de junho a 22 de dezembro de 1884 e primeiro Presidente da Câmara dos Deputados na história da república brasileira, de junho a outubro de 1891, abolicionista e conselheiro de Dom Pedro II, o que o eternizou como Conselheiro João da Matta Machado Junior.

Também convenceu o Imperador a mudar a proposta sobre a região das Missões, na época um litígio com a Argentina, trazendo uma solução arbitral, garantindo aos brasileiros, grande parte das terras do sul do Brasil.

Além da criação do Município de Teófilo Otoni, a ligação do Conselheiro João da Matta Machado Junior com a cidade vai muito além das Leis e dos movimentos liberais. Do total de 7 irmãos (3 homens e 4 mulheres), teve duas irmãs que moraram por muitos anos em Teófilo Otoni e criaram vínculos definitivos com a cidade. 

A primeira irmã: Maria Amélia da Mata Machado Versiani esposa do grande Engenheiro Pedro José Versiani que contribui para que os trilhos da Bahia-Minas chegassem à cidade de Teófilo Otoni. O casal teve vários filhos como Hilda Versiani Porto (mãe do Engenheiro Gilberto Otoni Porto) e Júlia Versiani Ferreira da Cunha esposa de Tristão Ferreira da Cunha, avó de Aécio Neves da Cunha.

A segunda irmã: Virginia Mata Machado de Figueiredo (esposa do médico Dr. João Antônio de Figueiredo que foi Deputado Estadual em várias legislaturas), mãe do Dr. Nerval de Figueiredo (pai do Jornalista e historiador Nelson de Figueiredo) e de Newton Figueiredo (detentor de grande acervo histórico de Teófilo Otoni).

Neste sentido, o Instituto Histórico e Geográfico do Mucuri (IHGM) enaltece a história do Conselheiro João da Matta Machado, e criou a Cadeira número 7 da qual ele é o Patrono, atualmente ocupada pelo Engenheiro Gilberto Otoni Porto.

E, para que os  atos históricos do Conselheiro João da Matta Machado se eternizem na memória da cidade, o IHGM criou uma medalha condecorativa que homenageia grandes personalidades, que  atuaram a favor do Município de Teófilo Otoni, de tal modo que tenhamos referenciais históricos e sociais, no sentido de que todos possam contribuir constantemente por dias melhores para a sociedade Teófilo-Otonense.

                Teófilo Otoni, 09 de novembro de 2018.
                Prof. Dr. Antônio Jorge de Lima Gomes

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Aldeias de índios maxacalis estão enfrentando um surto de diarreia no Vale do Mucuri


De acordo com a Secretaria Regional de Saúde, são 197 casos de índios que apresentaram os sintomas da virose respectivamente nas aldeias de Pradinho e Água Boa, estas localizadas nas cidades de Bertópolis e Santa Helena de Minas, ambas no Vale do Mucuri.

A proliferação de doenças diarreicas, na maioria das vezes, está associada à veiculação hídrica (água) ou hábitos alimentares.

Em Pradinho, foram registrados 110 casos de diarreia, onde 45 destes foram internados em hospitais. Na aldeia de Água Boa foram 87 casos, com 30 internações.

Até terça-feira dia 27 de outubro de 2018, a situação se apresentava com 20 indígenas internados em três hospitais: 13 em Machacalis, 6 em Águas Formosas e um em Teófilo Otoni. Os casos começaram a ser registrados no último dia 14 e a situação está controlada na aldeia de Pradinho, mas segue crítica em Água Boa.

Segundo o G1, um óbito de uma criança da aldeia Pradinho foi confirmado, por conta da virose; uma outra criança morreu, mas as causas ainda estão sendo investigadas.

Segundo a superintendente da Secretaria Regional de Saúde, Márcia Elizabeth Alves Ottoni, a causa do surto ainda está sendo analisada. “A investigação está sendo feita pelo número total de casos, coleta de material para exames na Fundação Ezequiel Dias (FUNED), coleta de fezes, por ser um surto de diarreia e da água dos principais mananciais e reservatórios”.

Aldeia indígena dos maxacalis em Pradinho (fonte: G1).

Os hábitos e costumes de higienização dos indígenas são fatores que colaboram para a propagação desse tipo de surto nas aldeias. “A cultura, os hábitos de higiene, alimentação, acabam dificultando e colaborando para a proliferação de doenças diarreicas, de veiculação hídrica e alimentar”, explicou a superintendente da SRS, que afirmou também que a situação nas aldeias já está controlada.

A aldeia Pradinho tem uma população estimada em 958 indígenas, já em Água Boa, a população é de 843 índios.

Fonte: https://g1.globo.com/google/amp/mg/vales-mg/noticia/2018/10/31/indios-maxacalis-enfrentam-surto-de-virose-em-aldeias-no-vale-do-mucuri-diz-superintendencia-regional-de-saude.ghtml acessado em 02/11/2018

Posse de Antonio Jorge de Lima Gomes na cadeira 8 do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais

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