Causas do desabamento de Prédio no centro do Rio de Janeiro

Com certeza este desabamento não foi explosão de gás. A queda foi toda na vertical. Não houve espalhamento de materiais.
Tudo leva a crer que foi originado por um problema estrutural.
Este caso é bem diferente do que aconteceu com o prédio de 38 andares de Belém no ano passado, onde logo após o desabamento, identifiquei (mesmo de longe) que foi erro de cálculo e não estava prevista a carga vento correta. Uma forte ventania desestabilizou e derrubou o edifício.
Neste caso, no Rio de Janeiro, por ser um prédio antigo tenho apenas duas hipóteses para este desabamento.
A primeira hipótese é que o desabamento pode ter sido originado por excesso de carga concentrada em um único local da lage e levando ao rompimento de vigas e pilares. Mas se isso aconteceu teria que ser muito entulho e o prédio estaria rangendo há alguns dias. Haveriam avisos sonoros da estrutura antes de romper. Nenhuma estrutura rompe imediatamente sem avisar.
A segunda hipótese é de mudanças no lençol freático nas fundações, provocadas por obras na época da construção do Metrô, de reparos nas fundações das estacas do prédio do Teatro Municipal ou rebaixamento de lençol em prédios vizinhos. Estas mudanças são muito lentas e imperceptíveis pela estruturas superiores. Estas mudanças no lençol freático causam recalques lentos, que no decorrer do tempo levam o prédio a inclinar (lembrem da Torre de Pizza na Itália). Como estava colado com dois prédios menores, estes estavam suportando esta carga em excesso como uma estaca, assim ninguém sabia do problema, até atingir o limite máximo de sustentação. Assim o desabamento foi em cascata dos três prédios envolvidos e instantâneo.
Confesso, que a segunda hipótese é a que acho mais consistente.