quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Falta de mão de obra compromete a construção de Plataformas para exploração do Pré-Sal

A falta de mão de obra e até os ventos comprometem o ritmo de montagem de três plataformas em Rio Grande. As P-55, P-58 e P-63 integram o pacote de estruturas da Petrobras para a exploração da camada do pré-sal. 
O gestor executivo de operações da Quip, José Simão Filho, admitiu, nesta quarta-feira (5), em Porto Alegre, que a carência de pessoal em funções mais qualificadas e a maior velocidade dos ventos entre agosto e outubro reduzem a produtividade a níveis muito baixos. A empresa ganhou a concorrência para montar os três equipamentos com prazo de entrega até fim de 2013 e investimento em cada unidade entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões.
O executivo, que não chegou a dar uma dimensão de quanto seria a queda da velocidade de execução dos projetos, garantiu que a Quip não atrasará a entrega das encomendas devido aos entraves. Simões confirmou que a estatal tem feito cobrança sobre o cumprimento de cronogramas. “Temos de fazer com que sejam cumpridos, mesmo esbarrando nessas dificuldades”, ponderou o gestor, indicando que a estratégia tem sido executar outras frentes da montagem quando não são preenchidas vagas em segmentos como soldadores. “Posso até colocar mil pessoas para trabalhar, mas elas não têm experiência e a execução no sangue. Temos de treiná-las na obra. Isso gera produtividade menor”, atribuiu o interlocutor. 
Se agora há limitações, para 2013 poderá piorar. A demanda por mão de obra deve aumentar, o que gera preocupação sobre a capacidade da região em ofertar mais profissionais. A Quip disputa, neste momento, concorrências da estatal para mais duas plataformas. “Hoje mobilizamos cerca de 6,5 mil trabalhadores. Se vencermos mais uma, precisaremos de mais 1,5 mil a 2 mil pessoas”, antecipou Simões. Do total, 80% seriam profissionais com origem no Rio Grande do Sul, e o restante de outros estados. 
A concorrência de outras empresas por mão de obra também agravará a atual carência. “O volume de serviços daqui para a frente será tão grande que gerará mais dificuldade para fazer um polo naval aqui”, preveniu Simões, e avisou: “O problema é geral”. O gestor se referiu à falta de trabalhadores também em polos como Pernambuco e Rio de Janeiro.
Fonte: http://www.portosenavios.com.br/site/noticias-do-dia/industria-naval-e-offshore/18823-falta-de-mao-de-obra-afeta-construcao-de-plataformas

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Escreva aqui seu comentário.

Posse de Antonio Jorge de Lima Gomes na cadeira 8 do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais

Ocorreu no dia 23 de Março de 2024, na sede do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais (IHGMG) em Belo Horizonte, a posse de Antoni...