Está sendo implantada no Brasil a Rede Sismográfica Brasileira (RSBR). Já foi concluída a primeira etapa para operação e a
transmissão de dados em tempo real de um total de 80 estações sismográficas distribuídas em vários Estados e em rede nacional.
O objetivo da RSBR é monitorar a sismicidade do
território nacional e gerar informações que suportem a investigação da
estrutura interna da terra através da implantação e manutenção de estações
sismográficas permanentes.
A RSBR foi concebida no âmbito da Rede de Estudos
Geotectônicos Petrobras-Universidades e sua implantação foi financiada com
recursos provenientes da Cláusula de Investimento em Pesquisa e Desenvolvimento
dos contratos de concessão, nos termos do Regulamento Técnico ANP 05/2005. Abaixo o mapa com a localização das 80 estações
sismográficas.
Mapa com as estações (fonte: geofisicabrasil.com)
Fazem parte da RSBR, a Rede Sismográfica do Nordeste do Brasil (RSISNE), mantida pela UFRN; a Rede Sismográfica Integrada do Brasil (BRASIS), coordenada pela USP; e a Rede Sismográfica do Centro e Norte do Brasil (RSCN), sob a responsabilidade da UnB.
Para concentrar os dados produzidos pelas estações
sismológicas da Rede Sismológica Brasileira, foi criado o Portal da RSBR, que foi desenvolvido e é gerenciado pelo
Observatório Nacional (ON).
O ON mantém a Rede Sismográfica do Sul e do Sudeste
(RSIS), um dos projetos da RSBR. Com investimentos de mais de R$ 6 milhões da
Petrobras, a RSIS tinha como objetivo inicial montar 12 estações nas regiões
Sul e Sudeste, que concentram a maior parte da população, com sismógrafos, GPS
de alta precisão e gravímetros dinâmicos.
Hoje a RSIS tem 17 estações em operação, incluindo a
recém-montada na Ilha da Trindade, situada a 1.200 km a leste do litoral do
Espírito Santo. Ela possui um posto oceanográfico que é o local habitado mais
remoto do Brasil, a 1.025 km do Arquipélago de Abrolhos, onde a Marinha mantém
outra guarnição, na Ilha de Santa Bárbara.
A implantação da RSBR até agora foi financiada pela
Petrobras. Segundo Sergio Fontes (Observatório Nacional), os recursos para a implantação
da RSIS se esgotaram e ainda não há uma fonte definida para a próxima fase, que
prevê a manutenção das estações existentes e a ampliação da rede. Há
possibilidade de o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), ao qual
o ON é vinculado, incluir no orçamento verba para a RSIS. Foram feitos contatos
preliminares também com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) que mostrou
interesse em apoiar os estudos e a manutenção da rede brasileira.
Fonte: http://geofisicabrasil.com/noticias/178-sismologia/6725-servico-sismologico-nacional-entra-em-operacao.html acessado em 29/11/2014.
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