Segundo estudos de François Forget e Cedric Pilorget do Instituto Nacional Francês de Astronomia, os movimentos similares
ao escoamento de água observados no planeta Marte, podem ser provocados pelo fluxo de
gás carbônico na superfície.
Tendo em conta a já provada descoberta de CO2 em
ravinas do planeta vermelho, Pilorget e Forget fizeram simulações
computadorizadas de algumas ravinas chegando à conclusão de que uma fina camada
de CO2 preso na camada de gelo das montanhas e crateras
eventualmente conseguiriam rompê-la e desceriam pelo solo, gerando um fluxo de
gás e detritos, o que poderia usualmente ser interpretado como água líquida.
Este anúncio foi realizado, alguns meses após
o anúncio da “maior evidência” apresentada de água líquida em Marte pela Nasa,
citando o degelo em encostas durante os meses mais quentes no planeta, no
entanto, os dois cientistas franceses afirmam não ter encontrado qualquer
indício de água em outras ravinas pesquisadas.
Ravinas em Marte (fonte: NASA/JPL/UNIVERSITY
OF ARIZONA / AFP)
Ravinas foram detectadas, por exemplo, em
regiões próximas ao equador que provavelmente foram criadas por outros
mecanismos — alertou à AFP Pilorghet. — Mas nada pode ser excluído em
definitivo, porque há outros processos complementares que podem estar atuando.
Algumas ravinas, ou até todas, não possuem água líquida, inviabilizando a formação de organismos vivos — advertiu Forget.
Algumas ravinas, ou até todas, não possuem água líquida, inviabilizando a formação de organismos vivos — advertiu Forget.
Para eles, no entanto, não há implicações
diretas de que estas revelações coloquem em dúvida a descoberta da Nasa, que em
setembro afirmou que suas imagens de satélite indicavam linhas escuras em
movimento que poderiam ser água em estado líquido, tendo como base áreas
tropicais do planeta vermelho.
Eles afirmam que não há relação de seu estudo
com as revelações anteriores.
Fonte: http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/marcas-na-superficie-de-marte-nao-tem-agua-diz-estudo-18345014
acessado em 28/12/2015
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