Os representantes dos professores
universitários declararam que a greve em 57 universidades federais em
todo o país não acabará nesta sexta-feira, após a apresentação de
proposta de plano de carreira e reajuste salarial pelo governo. 'Não tem
chance de acabar hoje', disse o presidente da Federação de Sindicatos
de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior
(Proifes-Federação), Eduardo Rolim de Oliveira.
Os comandos do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de
Ensino (Andes) e do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da
Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasef) manifestaram a
mesma posição.
A presidente da Andes, Marinalva Oliveira, calculou que a paralisação
deverá continuar por mais dez dias, período em que os sindicatos vão
consultar os professores nos Estados sobre a oferta feita pelo governo.
Nova reunião entre governo e grevistas está marcada para o próximo dia
23.
Apesar de reconhecer avanços, os sindicatos ficaram frustrados com a
proposta apresentada pelos ministérios do Planejamento e da Educação na
tarde desta sexta-feira. Os professores apontaram que o maior índice de
reajuste, de 45,1%, vai para apenas 7% dos docentes que estão no topo da
carreira. Além disso, os sindicalistas afirmam que não há regras claras
para a progressão de níveis salariais.
Outro ponto que ficou aquém das expectativas dos docentes foi a
equiparação com a carreira de Ciência e Tecnologia, usada como
referência nas negociações. Eles dizem que os valores das remunerações
somente se aproximarão das dos profissionais da área tecnológica em
2015, enquanto eles pediam a equiparação retroativa a janeiro de 2010.
Os sindicalistas apontam também que não fica claro de quanto será o
reajuste nos dois próximos anos. 'Tem uma promessa de escalonamento',
disse Oliveira.
Apesar das críticas dos docentes, o secretário de Ensino Superior do
Ministério da Educação (MEC), Amaro Lins, se mostrou otimista sobre a
aceitação da proposta pelos professores. 'Estou convencido que eles vão
gostar da proposta e vão propor encerrar as atividades imediatamente',
afirmou.
Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2012/07/proposta-do-governo-nao-acaba-com-a-greve-dos-professores.html
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