A Petrobras fechou 2015 com dívida líquida de R$ 391,9 bilhões, inferior
aos R$ 402,3 bilhões de setembro. Medido como proporção do lucro antes de
juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), o endividamento ficou em
5,31 vezes em dezembro, pouco acima do índice de 5,24 vezes do fim do terceiro
trimestre. Ao todo, a empresa registrou caixa livre de R$ 15,6 bilhões no ano
passado, contra os R$ 19,6 bilhões negativos em 2014.
Somando as baixas realizadas em 2014 e 2015, a Petrobras contabilizou perda de quase R$ 100 bilhões no valor de seus ativos, sem contar o desvio de R$ 6,2 bilhões atribuídos a corrupção.
Somando as baixas realizadas em 2014 e 2015, a Petrobras contabilizou perda de quase R$ 100 bilhões no valor de seus ativos, sem contar o desvio de R$ 6,2 bilhões atribuídos a corrupção.
Se em 2014 as maiores perdas foram causadas pelo Abastecimento, no ano
passado elas ficaram com a Exploração e Produção. O prejuízo do quatro trimestre
de 2015 foi 41% maior que o antigo recorde, de R$ 26,6 bilhões, do quarto
trimestre de 2014.
O prejuízo de R$ 36,94 bilhões no quarto trimestre de 2015 é o maior de
sua história, refletindo principalmente uma baixa contábil por perda no valor
de ativos e investimentos (impairment) de quase R$ 48,3 bilhões feita no
período.
Em 2015 o prejuízo ficou em R$ 34,83 bilhões, o que levou o presidente
da estatal, Aldemir Bendine, a confirmar a expectativa de que os acionistas
ficarão sem dividendos pelo segundo ano consecutivo. Além disso, os
funcionários não vão receber a participação nos lucros e resultados (PLR).
A queda do preço do petróleo, que saiu de uma média acima de US$ 76 por
barril no quarto trimestre de 2014 para US$ 43 por barril no último trimestre
do ano passado, foi o que gerou a necessidade da baixa contábil, segundo
afirmou o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine. Mas não bastasse isso, uma série de outros fatores não recorrentes jogou
o resultado da companhia para baixo, o que levaria a estatal a fechar no
vermelho mesmo se não tivesse feito o impairment. A inadimplência dos
recebíveis atrasados das subsidiárias da Eletrobras, levou a perdas de R$ 2,51
bilhões no trimestre.
Foram registradas ainda despesas com constituição de provisões para
perdas em processos judiciais, de R$ 1,88 bilhões, gastos maiores relacionados
com paradas não programadas (R$ 670 milhões) e despesas de R$ 352 milhões com a
desativação da refinaria em Okinawa, no Japão.
O presidente da companhia afirmou que, com o resultado, a empresa
demonstra transparência em direção ao que ele chamou de processo de
"resgate de sua credibilidade". Segundo Bendine, o caminho para levantar
recursos e reduzir o endividamento continuar a ser o plano de venda de US$ 14,4
bilhões em ativos neste ano, com a qual ele ainda conta. "A procura por
ativos [está] muito forte, há algumas negociações em fase final, mas o objetivo
não é vender abaixo do preço", disse
Fonte: Valor Econômico/Por Cláudia Schüffner, André Ramalho, Rodrigo
Polito, Camila Maia e Fernando Torres | Do Rio e de São Paulo e https://www.portosenavios.com.br/noticias/portos-e-logistica/33718-exportacao-de-graos-por-conteineres-aumenta-90-em-quatro-anos-em-paranagua?utm_source=newsletter_7784&utm_medium=email&utm_campaign=noticias-do-dia-portos-e-navios-date-d-m-y acessado em 24/02/2016.
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