quarta-feira, 1 de julho de 2015

Vale do Aço em Minas Gerais vive uma de suas piores crises

Ipatinga é conhecida como a "capital" do Vale do Aço, no entanto, esta região abrange quatro municípios no leste de Minas Gerais (Coronel Fabriciano, Ipatinga, Santana do Paraíso e Timóteo), cuja crise está afetando direta e indiretamente a todos.

Trata-se de uma crise triplamente qualificada que afeta a todo o chamado Vale do Aço, incluindo Municípios e Distritos de seu entorno. Os primeiros problemas começaram quando o grupo do empresário Eike Batista começou a fraquejar. Em seguida a situação se agravou com a Operação Lava-Jato envolvendo a Petrobras, e, recentemente o aprofundamento da crise com a retração da economia nacional.

A maior empresa da região é a Usiminas, que passou a ser a maior produtora de aço plano da América Latina, um tipo de produto usado por montadoras de automóveis e fabricantes de autopeças e também em obras de infraestrutura.
Apenas em Ipatinga, a Usiminas emprega cerca de 6 mil pessoas. No Brasil, só dela são 20 mil funcionários.
Usiminas em Ipatinga - Fonte: eu amo Ipatinga.

As pequenas e médias empresas foram muito afetadas de uma forma muito particular.
Os empresários do setor metal mecânico, além de tradicionalmente atenderem a Usiminas, também atendiam a empresas de mineração e indústria naval. Estes, haviam diversificado seus clientes. Na década passada, investiram, treinaram mão de obra e começaram a produzir peças para a indústria naval.

Para uma região tradicionalmente rica e que esbanjou empregos nesse segmento por muito tempo, é uma situação anômala.
De janeiro a maio, a prefeitura de Ipatinga arrecadou R$ 61 milhões em ICMS, R$ 8,5 milhões a menos do que o valor de igual período do ano passado.
Mesmo assim, os empresários do Vale do Aço se apegam à ideia de que a indústria naval e de óleo e gás se recuperará e que a região voltará a ficar aquecida.

O atual presidente do sindicato das empresas metal mecânica da região (Sindimiva), estuda com seus pares o mercado da agroindústria. Outra opção à vista é o setor de energia elétrica.

Apesar de tudo, grande parte parece apostar que a Usiminas vai voltar a ser, em médio prazo, o motor acelerado da economia do Vale do Aço.

Fonte:https://www.portosenavios.com.br/noticias/geral/30611-polo-do-vale-do-aco-vive-sua-maior-crise?utm_source=newsletter_7523&utm_medium=email&utm_campaign=noticias-do-dia-portos-e-navios-date-d-m-y acessado em 01/07/2015.
http://www.euamoipatinga.com.br/noticias/noticias.asp?codigo=1266 em 01/07/2015.

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