Artigo publicado sobre incêndios com raios secos, tendo como principal
autor Dmitri Kalashnikov da Universidade Estadual de Washington, explica que
múltiplas ignições de fogo em eventos de raios secos, faz com que eles sejam
difíceis de se controlar.
Pesquisas indicaram que os relâmpagos iniciaram 28,5% dos incêndios florestais na Califórnia entre 1987 e 2020. Segundo o estudo, estes causaram 50% das terras queimadas e podem ocorrer a centenas de quilômetros de distância de locais habitados, sem interferência humana, espalhando-se rapidamente antes que os bombeiros consigam chegar ao local.
A formação das descargas atmosféricas depende de vários fatores como por exemplo, a movimentação de partículas nas nuvens, a umidade do ar, a temperatura e a pressão atmosférica. Por mais que tudo indique que o tempo úmido facilite a formação de descargas atmosféricas, é justamente o contrário.
Agora, os cientistas identificaram as
condições que permitem isso:
· temperaturas
terrestres mais altas
· secura
na baixa troposfera
· umidade
e instabilidade na parte média da troposfera (a troposfera é tão seca que a
chuva que normalmente vem com os raios evapora antes de cair).
As altas temperaturas e a secura também
são condições ideais para a queima da vegetação.
A coautora do estudo, Deepti Singh, disse que o artigo
pode ajudar a "entender a meteorologia dos raios secos nesta região [que]
é crucial para informar a previsão, ajudando a restringir melhor o risco futuro
de ignição de incêndios florestais na Califórnia".
Os cientistas agora esperam estudar
raios secos em outras partes do oeste dos EUA, incluindo Oregon e as Montanhas
Rochosas.
Acredita-se que nos próximos anos o
aquecimento global vai aumentar as temperaturas e reduzir as chuvas na
Califórnia.
https://g1.globo.com/meio-ambiente/noticia/2022/08/12/o-que-sao-os-raios-secos-causadores-de-incendios-florestais-devastadores.ghtml acesso em 13 ago 2022.