Biografia simplificada
do Conselheiro João da Matta Machado Junior
Prof. Dr. Antônio Jorge de Lima Gomes
– Apresentada no 22/09/2017 em evento solene da ALTO e do IHGM
O Conselheiro João da Matta Machado nasceu
em Diamantina no dia 14 de novembro de 1850 e faleceu em Belo Horizonte no dia
06 de fevereiro de 1901. Por ter sido registrado com o mesmo nome de seu pai a
palavra Junior foi acrescentada pós-morte.
Filho de João da Matta Machado e Amélia Senhorinha Caldeira Brant, é o filho mais velho de uma família de 8 irmãos. Casou-se com Luiza Bessa, filha do Comendador Manoel José Bessa e de Maria Constança Bessa. O seu pai João da Matta Machado era natural do Alto do Serro e compartilhava com as ideias liberais de Teófilo Otoni e apoiou a Revolução Liberal de 1842.
Aos 14 anos foi para o Rio de Janeiro estudar no colégio do
Internato Santo Antônio. Formou-se na Faculdade de Medicina da Corte em 30 de
setembro de 1874, onde na qualidade de estudante fundou a “Liga Escolástica” com o objetivo de unir os estudantes, sendo ele
um dos mais assíduos redatores do Jornal “Radical
Acadêmico”.
Filho de João da Matta Machado e Amélia Senhorinha Caldeira Brant, é o filho mais velho de uma família de 8 irmãos. Casou-se com Luiza Bessa, filha do Comendador Manoel José Bessa e de Maria Constança Bessa. O seu pai João da Matta Machado era natural do Alto do Serro e compartilhava com as ideias liberais de Teófilo Otoni e apoiou a Revolução Liberal de 1842.
Aos 24 anos defendeu sua Tese de Doutorado na presença do
Imperador intitulada “Da Educação
Física, Intelectual e Moral da Mocidade do Rio de Janeiro e sua influência
sobre a Saúde”, que foi aprovada com distinção. Na sua tese o Conselheiro
João da Matta Machado Junior condena o monopólio da Educação em nome dos
princípios liberais e defende a democratização da cultura para que todos tenham
acesso a ela, sem distinção de espécie alguma. Critica o regime do Internato
Santo Antônio e lamenta sobre os castigos, privações e sofrimentos inflingidos
aos alunos, mostrando desde jovem sua vocação para a Medicina, Educação e Política.
Após formado retornou para Diamantina já na companhia de sua amada
esposa Luiza Bessa, onde abriu um consultório médico e mais tarde se tornou
provedor do Hospital Santa Isabel.
Na política, foi eleito Deputado Provincial de Minas Gerais de 1878 a 1879. No anos seguintes foi eleito Deputado Geral nos períodos: 1882 a
1884, 1886 a 1889 e 1891 a 1901. Foi ministro dos Negócios Estrangeiros, de 6
de junho a 22 de dezembro de 1884 e primeiro Presidente da Câmara dos Deputados
na história da república brasileira, de junho a outubro de 1891, abolicionista
e conselheiro de Dom Pedro II, o que o eternizou como Conselheiro João da Matta
Machado Junior.
Também convenceu o Imperador a mudar a proposta sobre a
região das Missões, na época um litígio com a Argentina, trazendo uma solução
arbitral, garantindo aos brasileiros, grande parte das terras do sul do Brasil.
A população de Teófilo Otoni sempre vai ter na sua história
as ações do Conselheiro João da Matta Machado Junior. Grande amigo do povo
Teófilo-otonense, foi de sua autoria a Lei nº 98 de outubro de 1878, que autorizou
a província a contratar o Engenheiro Miguel de Teive e Argolo para a construção
da Estrada de ferro ligando Filadélfia (atual Teófilo Otoni) ao porto de
Caravelas na Bahia, o que permitiu a construção da Ferrovia Bahia-Minas,
motivado pelo apreço e respeito a Benedito Teófilo Otoni.
No dia 29 de outubro de 1878 também de sua autoria, foi
aprovada a Lei nº 177 criando o Município de Filadélfia, que elevou o povoado
de Filadélfia de forma direta à categoria de Cidade, sem passar pela fase de Vila,
procedimento comum naqueles tempos.
Além da criação do Município de Teófilo Otoni, a ligação do
Conselheiro João da Matta Machado Junior com a cidade vai muito além das Leis e
dos movimentos liberais. Do total de 7 irmãos (3 homens e 4 mulheres), teve duas
irmãs que moraram por muitos anos em Teófilo Otoni e criaram vínculos
definitivos com a cidade.
A primeira irmã: Maria
Amélia da Mata Machado Versiani esposa do grande Engenheiro Pedro José Versiani que contribui para
que os trilhos da Bahia-Minas chegassem à cidade de Teófilo Otoni. O casal teve
vários filhos como Hilda Versiani Porto
(mãe do Engenheiro Gilberto Otoni Porto) e Júlia
Versiani Ferreira da Cunha (esposa de Tristão Ferreira da Cunha e avó de
Aécio Neves da Cunha atual Senador e ex-Governador do Estado de Minas Gerais).
A segunda irmã: Virginia
Mata Machado de Figueiredo esposa do médico Dr. João Antônio de Figueiredo (Deputado Estadual em várias
legislaturas). Foi mãe do Dr. Nerval de
Figueiredo (pai do Jornalista e historiador Nelson de Figueiredo) e de Newton Figueiredo (detentor de grande
acervo histórico de Teófilo Otoni).
Neste sentido, o Instituto Histórico e Geográfico do Mucuri
(IHGM) enaltece a história do Conselheiro João da Matta Machado Junior criando a
Cadeira número 7 da qual ele é o Patrono, atualmente ocupada pelo Engenheiro
Gilberto Otoni Porto. E, para que os seus atos históricos se eternizem na
memória da cidade, o IHGM também criou uma medalha condecorativa que homenageia
grandes personalidades, onde cada um a seu modo, atuou a favor do Município de Teófilo
Otoni, de tal modo que tenhamos referenciais históricos e sociais, no sentido
de que todos possam contribuir constantemente por dias melhores para a
sociedade Teófilo-Otonense.
Referências:
ALTO – Academia de Letras de
Teófilo Otoni.
IHGM – Instituto Histórico e
Geográfico do Mucuri.
Porto, Gilberto Ottoni.
Conselheiro Matta Machado. In:Revista do Instituto Histórico e Geográfico do
Mucuri, Ano 1, Volume 1, 2010.
Genealogia do Conselheiro Matta
Machado, disponível em <http://www.nggenealogia.com.br/tree/individual.php?pid=I2332&ged=php.ged>
acesso em 21 set 2017.
Minas Gerais. Arquivo Público
Mineiro. Tese de Doutorado de João da Matta
Machado. Disponível em
<http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/teses/brtacervo.php?cid=158&op=1>
acesso em 21 set 2017.